Evolução para uma vida sem sentido?

Pieter Brueghel the Elder – Museo del Prado. Public domain available by Wikipedia.

By Tiago Zortea.

Dimensões: 117 x 162 cm. Local de exposição: Museo del Prado, Madrid. Título da obra: “O triunfo da morte”. Antes de prosseguir a leitura, clique na imagem e separe alguns minutos para analisar esta obra detalhadamente. Concluída em 1562, esta magnífica pintura da renascença flamenga é de autoria do grande artista holandês Pieter Brueghel de Oude. Nela o autor retrata com grandeza e brutalidade o destino de todos nós: a morte. Repare que muitas pessoas são indiscriminadamente tomadas pelo decesso, de plebeus a nobres, de crianças a idosos, do clero à realeza. Ninguém escapa. O exército de esqueletos que consigo trazem o fim é absolutamente invencível. Fingimos esquecer que seremos alcançados – tal como o músico do canto direito inferior da tela que, em meio à morte de todos ao seu redor, simplesmente toca seu instrumento. Mas que faremos a não ser fingir esquecer? Pode esta trágica lembrança nos ensinar algo sobre a vida? Continue reading

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A crise da masculinidade: Homens estão lutando para lidar com a vida

Photo by Joshua Earle

Há uma crise na masculinidade moderna, com homens que estão lutando para enfrentar as pressões de suas vidas pessoal e profissional, de acordo com um relatório de pesquisa publicado pela ONG britânica CALM (Campaign Against Living Miserably).

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Um super herói! Cadeirante?

Depois de me tornar adulto e estudando um pouco mais, passei a não gostar de super heróis, mas num sentido filosófico, existencial. De modo geral, super heróis são praticamente perfeitos. Por mais que tenham seus inimigos ferozes e alguma fraqueza, no final (em geral, vai…) sempre triunfam! Como prefiro a imperfeição à perfeição, o natural ao artificial, o cotidiano ao ideal, descartei os super heróis há um tempo da minha lista de Hobbies.

Entretanto, um grande amigo, cartunista fenomenal e muito inteligente me fez repensar a concepção de super herói com uma de suas criações mais geniais: um super herói cadeirante! Wellington conseguiu revirar minha cabeça com o conceito que criara.

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“Gazoo” é exatamente a junção daquilo que considero importantíssimo dos heróis – a coragem, a determinação e a luta pelo que quer – ao que julgo elementar da vida humana – as dificuldades do cotidiano, a ideia de que não há perfeição, mas sim diferenças. E para ficar melhor ainda, Gazoo é super engraçado!

É uma inspiração para todo mundo. Não somente para pessoas que vivem com algum tipo de dificuldade física, Gazoo mostra que viver não é fácil. Mas ao mesmo tempo suas atitudes levantam a questão: o que fazer? Paralisar? De jeito nenhum! Suas dificuldades e a forma como Gazoo lida com elas nos incentivam a olhar a vida de um modo mais leve, criativo, e por que não engraçado?

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Se recomendo Gazoo? Acho que “recomendar” é uma expressão fraca demais para algo tão sensacional! Gazoo não é só um super herói distinto dos outros, mas um incentivo para quem quer viver no mundo real! É isso: um personagem fictício mostrando como pode ser mais leve o desafio de viver em meio às intempéries que nossas trajetórias apresentam!

Curta aqui a Fan Page do Gazoo no Facebook e ajude a divulgar este trabalho tão legal!

Notas sobre Repertório Comportamental*

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Quero discorrer sobre o que considero um dos temas mais importantes da psicologia: repertório comportamental, ou repertório de comportamentos. Começo com a compreensão de comportamento. Este termo, apesar de ser popularmente utilizado, se constitui aqui como conceito fundamental e, portanto, bastante diferente daquele difundido no senso comum. Em 1957, B. F. Skinner abre seu livro “O comportamento verbal” com a frase que se tornaria uma das mais mencionadas na ciência do comportamento: “Os homens agem sobre o mundo, modificam-no e, por sua vez, são modificados pelas consequências de sua ação” (1978/1957, p.15). Esta declaração pode ser entendida como uma das mais sintéticas para a compreensão do conceito de comportamento: os processos de relação do homem com o mundo. Micheletto e Sério (1993) esmiúçam a frase de Skinner: Continue reading