Há uns tempos falamos sobre os níveis de análise para a explicação do comportamento [1]. Cada um desses níveis é dedicado ao estudo de uma parte específica do comportamento, apesar de não ser tão fácil assim separar as variáveis que controlam nossas ações. Mas os esforços em estudar esses diferentes tipos de controle tem sido consideravelmente eficazes. A filogênese constitui-se como nível de seleção de propriedades anátomo-fisiológicas, determinadas respostas do organismo – reflexos incondicionados – a sensibilidade às consequências de comportamentos operantes e a sensibilidade diferenciada a eventos ambientais (Tourinho, Teixeira & Maciel, 2000). Esse tipo de característica fisiológica (denominada por alguns evolucionistas de “causas próximas”) só existe devido às contingências de adaptação evolutiva cujas pressões ambientais (ao longo de milhões de anos) selecionaram tal fisiologia em função da sobrevivência e da reprodução (causas últimas) (Izar, 2009; Wilson, 2008).
