E quando o psicólogo ou psiquiatra morre… por suicídio?

By Tiago Zortea.

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Talvez este seja o tabu dos tabus. Mas seria isso realmente possível? A própria existência deste texto dissolve qualquer dúvida em potencial. Um assunto delicado que envolve muitas questões, sobre as quais não se discute na formação em psicologia ou em psiquiatria. Se esta discussão existe, no entanto, trata-se então de algo completamente isolado e não-representativo. A máxima do conhecimento popular “médico, cura-te a ti mesmo!” também se estende ao campo da saúde mental, alimentando e mantendo escondida uma problemática que envolve famílias, clientes, alunos, empregadores e colegas. Numa pesquisa sobre a reação dos pacientes frente à morte do psicoterapeuta por suicídio, os pesquisadores estadunidenses Reynolds, Jennings e Branson (1997) encontraram diferentes tipos de manifestação, incluindo a negação do tipo de morte (alguns pacientes se recusaram a acreditar na causa do óbito, atribuindo a este outras causas como acidente automobilístico ou assassinato), reações de raiva e decepção, descrença na psicoterapia, episódios depressivos, e até mesmo ideações suicidas entre os pacientes. Mas o que envolve o suicídio de um psicólogo ou psiquiatra? Continue reading